quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Reflexão II - O Ladrão

Como sempre esteve antes
Sem rumo no vazio em que habita
Já se foi sua inocência
Perdida em meio mundo a fora
Por luxo, prazer, fama.
Por falsos e talvez verdadeiros amores
Por escândalos martirizados em sua alma
Por cicatrizes marcadas pelo tempo
Por vozes que recitam o destino

Encontra-se em seu caminho
Gigantes que pensam e fazem
Que ganham, ora
Perdem subitamente pelo anonimato
Sem sequer deixar rastros relevantes
Não se permite erros

O jogo deve ser ligeiro
Entra-te, esboce uma reação comum
Caminhe como se já estivesse aqui outrora
Passeie pelos corredores calmamente
Apanhe, certamente o mais valioso objeto
Continue, como se estivesse reluzente
Não se ofusque
Em um rápido gatilho
Como magica, em algum canto, ou parte,
de seus bolsos, bolsa e corpo
Dirija-se a saída
Face frustada, Não há nada a que interesse.

Já ao lado de fora
Um breve sorriso, enche sua face.
Ofusca sua mente
Que insisti contrariar as vozes que o fala
Não há  oque fazer.
Não há mérito
Não há exito
Não há frustração
Não há lamento
Não há cruz
Não há Sol
Não há trevas

Resta-te parar e apreciar seu premio
O que já não vale tanta coisa aos teus olhos
Um lamento
...

Continua

- Ordnael Sevla







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