domingo, 7 de agosto de 2016

Reflexão I - Todos os dias

Oportuno tempo, reflete vaidade.
Ganancia, prisioneira de sua própria solidão.
Tão vazio como um objeto oco e opaco.
Se enche de futilidade, luxuria e consumismo.

Seus olhos refletem o tempo, desgastado por ócio.
Suas mãos frias, calejadas por escândalos ocultos,
Suam ansiedade, desejo e ódio.

Perdido em um corpo estranho.
Soa ternura e graça,
Duas faces reluzentes,
Uma de luz própria
Outra como a Lua.

Monótomo.
Amanhece, atarde-se.
Levanta-se, arraste-se os pés,
Olha-se o reflexo, admirada sua falsidade,
Uma dose de seu conhaque barato,
Três de café forte e amargo.
Arrasta-se novamente,
O mesmo cigarro queima lentamente,
Tragos demorados.
A cada um, um novo pensamento.

Uma tentativa frustada,
lutar-se contra si.
Sem efeito, resta-se um sorriso falso e oportuno,
Em cada momento compartilhado.
Todos os dias.

Continua ...


- Ordnael Sevla

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